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Responsável por procedimento estético que causou necrose em modelo vira ré em processo criminal

Modelo relata lesões após procedimentos estéticos em clínica de SC A mulher que fez um procedimento estético com caneta pressurizada e causou lesões grave...

Responsável por procedimento estético que causou necrose em modelo vira ré em processo criminal
Responsável por procedimento estético que causou necrose em modelo vira ré em processo criminal (Foto: Reprodução)

Modelo relata lesões após procedimentos estéticos em clínica de SC A mulher que fez um procedimento estético com caneta pressurizada e causou lesões graves em uma modelo em Santa Catarina virou ré em processo criminal, segundo o Poder Judiciário. Vanderléia de Fátima Andrade Santos foi denunciada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por estelionato, lesão corporal gravíssima, exercício ilegal da medicina, desobediência, perigo à vida ou saúde e infração ao Código de Defesa do Consumidor. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp Modelo relata perda de trabalhos O g1 tenta contato com a defesa da acusada. A Justiça aceitou a denúncia no fim de novembro, de acordo com a defesa da modelo Karim Kamada. O procedimento foi realizado em Jaraguá do Sul, no Norte do estado. A 9ª Promotoria de Justiça também requereu na ação penal a indenização mínima de R$ 50 mil para reparação dos danos morais e estéticos sofridos pela vítima. A denúncia foi apresentada em 17 de novembro e aceita pela Justiça no dia 28. Responsável por procedimento estético é indiciada por lesão corporal gravíssima Modelo denuncia necrose após procedimento estético em SC Modelo Karim Kamada relata lesões sofridas após procedimento estético Reprodução/Redes sociais Recuperação da modelo A modelo de 51 anos fez o procedimento com a caneta pressurizada em maio. Na quarta-feira (3), ela contou que as lesões estão melhorando. “Continuo em tratamento porque é uma região de compressão, os glúteos, e formou-se uma cicatriz com risco de evoluir para queloide”, disse Karim. Segundo a modelo, um cirurgião plástico avaliou as cicatrizes e explicou que o processo de recuperação pode levar de um ano e meio a dois anos. “Agora estou usando pomadas para ter o melhor resultado possível e acompanhando meu corpo para decidir os próximos passos”, afirmou. Sobre a carreira, Karim disse que voltou a fazer alguns testes, mas apenas para trabalhos curtos. “Ainda não sei como será a aceitação dos clientes. Por enquanto, só faço testes em que meu corpo não aparece”, declarou. Modelo mostra processo de cicatrização após procedimento com caneta pressurizada Karim Kamada/Arquivo pessoal O que aconteceu As sessões com caneta pressurizada foram feitas em maio e junho nos glúteos e nas coxas. Após os procedimentos, a modelo precisou ser operada duas vezes e foi medicada com antidepressivo. Depois da denúncia de Karim, a Vigilância Sanitária de Jaraguá do Sul esteve na clínica de Vanderléia e interditou o local, em julho. Em setembro, no entanto, o órgão foi ao local novamente e lavrou um auto de infração, já que flagrou que as atividades continuavam, apesar da interdição. Ao g1, Karim Kamada contou que buscou o procedimento justamente para retomar sua carreira como modelo. No entanto, devido às complicações, acabou perdendo oportunidades de trabalho. O procedimento foi feito em uma clínica de Jaraguá do Sul por Vanderléia. Segundo a modelo, o procedimento foi vendido para ela como seguro e sem riscos. Além da necrose, Karim relata que teve dores intensas, vermelhidão, febre local, inflamação severa, nódulos e celulite infecciosa. 🔎A presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia em Santa Catarina, Mariana Sens, explica que a chamada caneta pressurizada é um dispositivo que empurra substâncias pela pele usando pressão, sem agulha. "Ela não permite controle preciso de dose, profundidade ou local de depósito, requisitos essenciais em procedimentos injetáveis". VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias

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